quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Polícia: Senador Delcidio Amaral (PT-MS) foi preso esta amanhã; ele ofereceu R$ 50 mil mensais para réu da Lava Jato não citar o nome dele na delação premiada




O Senador e líder do governo no senado, Delcídio Amaral, do PT do Mato Grosso do Sul, foi preso hoje pela manhã em Brasília pela Polícia Federal. Segundo os investigadores da PF, ele foi preso por estar atrapalhando apurações. Além dele, também foram presos pela PF o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, e o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira. Há também mandado de prisão do advogado Édson Ribeiro, que defendeu Cerveró. Como ele está nos Estados Unidos, a PF pediu ao STF a inclusão do nome dele no alerta vermelho da Interpol.


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki informou que a Procuradoria-Geral da República relatou em documento enviado à corte, que Delcídio ofereceu R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fechasse acordo de delação premiada ou, se o fizesse não citar o parlamentar.


Segundo Zavascki, o relatório da PGR que serviu de  base para os pedidos de prisão afirma que os valores prometidos a Cerveró seriam repassados à família do ex-diretor da Petrobras por meio de um contrato fictício entre o advogado Edson Ribeiro e o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves.


A PGR teve acesso gravações realizadas por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, de duas reuniões recentes – realizadas nos dias 4 e 19 de novembro – com a participação de Delcídio do Amaral e André Esteves.


Segundo a Procuradoria, Delcídio também prometeu a Cerveró influir em julgamentos no STF para ajudá-lo. O senador disse que falaria com o vice-presidente da República, Michel Temer, e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para influenciar a Corte.


“O presente caso apresenta linha de muito maior gravidade. O parlamentar não está praticando crimes qualquer, está atentando contra a própria jurisdição do Supremo Tribunal Federal”, disse Zavascki.


Em diversos trechos, o relatório da PGR aponta tentativas de Delcídio em “embaraçar as investigações”. Fala em “atuação concreta e intensa” do senador e do banqueiro para evitar a delação premiada de Nestor Cerveró, “conduta obstrutiva” e “tentativa de interferência política em investigações judiciais”.


A Procuradoria citou uma gravação na qual Delcídio discutiu meios de rota para Cerveró deixar o país, em caso de o STF conceder habeas corpus para o ex-diretor da Petrobras.


Na rota prevista por Delcídio, Cerveró iria primeiro, para o Paraguai e depois viajaria para a Espanha.


Por Juan Felix – Revista Barra Magazine


Fonte: G1



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