Na manhã do sábado (19) diversos moradores da travessa da rua I e da rua I em Barra no oeste da Bahia se reuniram com a equipe da Revista Barra Magazine. Eles contam que a rua é a ultima do bairro e que está abandonada, sem rede baixa, iluminação pública e coleta de lixo. Segundo os moradores, eles já estão cansados de promessas e que há oito anos aguardam os postes que lhes foram prometidos.
O senhor Antonio Barbosa logo de pronto disse: “aqui não passa o caminhão do lixo, ele passa na rua de cima, faz a volta e vai embora para o junco”. Não demorou muito, o caminhão passou justamente no momento da reportagem, e como relatado pelo morador, ele dobrou na rua H que é a de cima e foi embora. Perguntado sobre os moradores fazem com a coleta do lixo, logo veio a resposta: “uns tem que caminhar até a rua de cima e vão colocando o lixo na porta das outras pessoas, amontoando nos postes, outras jogam na lagoa ou em qualquer canto.”
Enquanto conversávamos foram chegando outros moradores, que começaram a reclamar da dificuldade que vem passando, pagando altas contas de energia devido à falta de postes e rede elétrica da Coelba. Segundo os residentes, quem quiser ter energia na referida rua, tem que comprar um pedaço de terra de 50cm² na rua de cima, registrar a compra desse pedaço de terra no cartório, instalar seu padrão elétrico e puxar sua fiação até sua residência na rua de baixo.
Devido a falta de rede baixa na rua, o senhor Heleno Bezerra nos contou que para ter energia elétrica em sua residência foi necessário comprar 600 (seiscentos metros) de fio e madeira para fazer postes.
A falta de rede de baixa tensão na travessa e na rua traz outro problema, a falta de iluminação pública. José Correia, que mora no bairro a cerca de oito anos disse: “aqui a noite é um breu danado, depois das 19hs você não vê uma alma na rua, todo mundo tem medo, e se vê mais tarde que isso alguém caminhando por aqui nesse escuro pode ter certeza que está fazendo algo errado. Se a noite é de lua a gente ainda consegue ver alguma coisa, mais se é sem lua a gente não enxerga um palmo na frente”.
Os moradores reclamaram ainda da obra do esgotamento sanitário que tem deixado bocas de lobo abertas pelo bairro, causando acidentes. Com a escuridão pela falta de iluminação o risco aumenta, e segundo informações crianças já chegaram a cair dentro dos bueiros.
Apesar dos problemas relatados, surgem elogios quanto ao abastecimento de água pelo SAAE, a implantação da escola municipal Hélcio Freitas de Andrade, o posto de saúde, e a visita das rondas ostensivas da Policia Militar e da CIPE Semiárido.
Por Juan Felix – Revista Barra Magazine
Aqui o povo tem vez e pode reclamar sem medo !
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