sábado, 3 de outubro de 2015

Amazonas: Com recorde de queimadas, número de incêndios passa de 11 mil




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Amazonas registrou recorde de incêndios neste ano, com 11.104 focos de queimadas. O número é o maior já registrado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que registra os dados via satélite há 17 anos. Em todo o ano passado, foram contabilizados 9.322 casos.


O recorde também ocorre no mês de setembro de 2015, que registrou 5.882 queimadas. A quantidade é 90,3% maior que a máxima já registrada em 2009, com 3.091 focos. Em 2014, foram 3.057 ocorrências de incêndio no mês.


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O volume de incêndios deste ano é quase 50% maior do que foi contabilizado nos primeiros nove meses de 2014. Atualmente, nove municípios apresentam mais de 1,4 mil focos ativos de queimadas. Eles são apontados como a causa da nuvem de fumaça queencobriu Manaus na quinta-feira (1º) e sexta-feira (2). Neste sábado (3), a fumaça ainda pôde ser vista nas primeiras horas da manhã.


Em setembro, a capital só registrou um dia com chuva, no dia  4, quando choveu apenas 15,8mm, conforme registro da estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão era de que chovesse no mês entre 43mm e 83mm.


Desde quarta-feira (29), o município de Careiro da Várzea registra o maior número de queimadas, com 350 focos. O município fica cerca de 100 quilômetros distante de Manaus.


De acordo com o Inpe, 1.418 focos ativos de queimadas são registrados em nove municípios, sendo 222 focos em Autazes, 187 em Lábrea, 174 em Manacapuru, 142 emBoca do Acre, 107 em Manaquiri, 105 emCareiro da Várzea, 90 em Presidente Figueiredo, 83 em  Novo Aripuanã, 75 emItacoatiara e 75 focos de incêndio em Maués.Manaus está na 44ª posição, com oito registros de queimadas significativas feitas pelos satélites.


Fumaça

Manaus amanheceu encoberta de fumaça durante três dias. Cinzenta e densa, ela dificulta a respiração, além de prejudicar a visibilidade em ruas e avenidas da capital. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, 32 pessoas, sendo 26 adultos e seis crianças, foram atendidas nos Serviços de Pronto Atendimento da rede estadual de saúde, relatando desconforto respiratório.


O Inpe informou que os ventos fracos dificultam a dispersão da fumaça. “Os ventos calmos ou fracos com velocidade de 2 a 4 nós [4 a 7 km/h], chegando no máximo a 8 nós [15 km/h] conforme os dados do aeroporto, não ajudam a fumaça a se dispersar. Além disto, estão rondando [variando], vindo com predominância dos setores leste e norte”, explicou o instituto ao G1.


O meteorologista do Inmet, Gustavo Ribeiro, disse que a fumaça tem origem em municípios do interior e até de estados vizinhos. “Os ventos predominantes na cidade de Manaus sopram de direção nordeste, isto é, de nordeste para sudoeste. Dito isso, se as fontes de fumaça [focos de calor] estiverem a leste e/ou nordeste de Manaus, em cidades como Rio Preta da Eva, Itacoatiara, Parintins ou até mesmo de cidades do Pará, as fumaças passarão pela capital e região metropolitana de Manaus. Após passarem por Manaus, muito provavelmente esta poluição ou fumaça, vá para cidades como Iranduba, Careiro, Manacapuru e Novo Airão, pois estão na direção sudoeste da capital”, explicou Ribeiro.


Desde o início do ano, mais de 320 atendimentos no combate a incêndios foram feitos pelo Corpo de Bombeiros no estado, ultrapassando todo o número de ocorrências registrado no ano passado, que foi de 304 casos.


Clima

O calor intenso na região durante o segundo semestre do ano facilita a propagação de incêndios. O fenômeno El Niño afeta a quantidade de chuvas no estado, segundo informações do Inmet. O clima quente deverá se estender até dezembro.


Fonte: g1


Por Tainá Almeida – Revista Barra Magazine




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