A polícia Federal fez uma operação na manhã desta segunda-feira (17) cumprindo mandados de busca e apreensão em propriedades de uma seita religiosa em Barra, Cotegipe, Morpará e Ibotirama. A Seita é acusada de manter fiéis em situação análoga à escravidão. Ela é conhecida como “Comunidade Evangélica Jesus, a verdade que marca“. Os envolvidos podem responder por tráfico de pessoas, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
As investigações apontaram que os dirigentes da seita religiosa estariam mantendo pessoas em regime de escravidão em suas fazendas no Sul de Minas Gerais, onde desenvolviam suas atividades e rituais religiosos.
Os fiéis, ao ingressarem na seita, eram convencidos a doar seus bens sob o argumento da convivência em uma comunidade onde tudo seria de todos. Em seguida, eles eram obrigados a trabalhar sem qualquer pagamento.
A seita já havia sido alvo de investigação em 2013 na Operação Canaã quando a Polícia Federal, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério Público do trabalho fizeram inspeções em propriedades rurais. Na ocasião duas pessoas foram presas por apropriação indébita de cartões do programa “Bolsa Família” e de aposentadoria. Com eles, foram encontrados cartões do programa e da Previdência Social que, segundo o delegado que comandou a operação, João Carlos Giroto, pertenciam a integrantes da seita.
A operação esta sendo realizada em Minas ( Pouso Alegre, Poços de Caldas, Andrelancia, Minduri, São Vicente de Minas e Lavras ), Bahia ( Barra, Ibotirama, Morpará, Carrancas, Remanso e Cotegipe ) e São Paulo onde sendo cumpridos 129 mandados judiciais, entre eles seis de prisão temporária, seis de busca e apreensão e 47 de condução coercitiva, além de 70 mandados de sequestro de bens, envolvendo imóveis, veículos e dinheiro.
Por Juan Felix – Revista Barra Magazine
Fonte: G1
Foto: Reprodução
Barra: Polícia Federal faz operação em Barra, Cotegipe, Morpará e Ibotirama contra seita suspeita de trabalho escravo
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