quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Catu: Minha Casa Minha Vida da cidade em investigação por suspeita de fraudes no cadastro dos beneficiários




mcmvcatu


Parte dos contemplados de 992 habitações do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida do município de Catu, localizado a 90 km de Salvador, pode perder as casas próprias. Após a suspeita de fraudes no cadastro dos beneficiários, os vereadores da bancada da oposição na Câmara Municipal questionam o critério adotado para a concessão do benefício. Na teoria, os imóveis só deveriam ser disponibilizados a pessoas que se adequassem aos critérios pré-estabelecidos. Na prática, empresários da cidade, funcionário da prefeitura, assessor e até filha de vereador foram contemplados.


Para se cadastrar no Programa Minha Casa, Minha Vida nos dois novos condomínios construídos pelo programa no município, o Antônio Carlos Costa e o Antônio Carlos Góes, seria necessário que a família tivesse renda bruta de até R$ 1.600, fosse residente em áreas de risco ou desabrigada, com prioridade para pessoas com deficiência.


O chefe de Divisão da Prefeitura de Catu, Thiago José Gomes Lima, cargo comissionado no município, é um dos exemplos de contemplação do Programa Minha Casa, Minha Vida que, de acordo com a oposição, foge dos requisitos para receber as habitações. Sozinho, recebe da Prefeitura uma renda mensal de R$ 1.423,67.


Outra cidadã de Catu que se encaixou nos pré-requisitos foi a filha do vereador da base do prefeito, João Jesus dos Santos, o João do Ônibus (PSD). Jucinara Marins dos Santos foi contemplada em um dos novos condomínios do Minha Casa, Minha Vida.


A empresária Maria da Glória Cerqueira da Silva, proprietária da perfumaria Ranny Baby, também é acusada pelos vereadores da oposição de ter recebido de forma irregular a casa própria.


O prefeito de Catu, Geranilson Requião (PT), popularmente conhecido como “Gera”, admitiu a existência de irregularidades, mas negou que a administração tenha qualquer responsabilidade.


“A seleção das pessoas quem faz é a Caixa. Não é a prefeitura. O que acontece é que algumas pessoas falsificam os documentos para parecer que se encaixam nos pré-requisitos. Estamos dialogando com o povo sobre a importância de denunciar as fraudes. O nosso Setor Social está fiscalizando, recebendo as denúncias, fazendo um dossiê e passando para a Caixa Econômica cancelar os contratos”, declarou Gera.


A Supervisão de Habitação da Caixa Econômica revelou que a Prefeitura de Catu admite, pelo menos, 100 casos de irregularidades. A Caixa prometeu investigar cada caso e acionar a Justiça para romper os contratos e retomar as habitações concedidas irregularmente em Catu.De acordo com o Ministério Público da Bahia já existe inquérito aberto para investigar denúncias de irregularidades no Minha Casa, Minha Vida do município.


Por Juan Felix – Revista Barra Magazine


Fonte: Bocão News




Catu: Minha Casa Minha Vida da cidade em investigação por suspeita de fraudes no cadastro dos beneficiários

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